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O envelhecer contemporâneo

O envelhecer contemporâneo: como planejar uma longevidade ativa e intencional

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Com expectativa de vida em alta e novos modelos de maturidade em construção, envelhecer no Brasil deixa de ser sinônimo de limitação e passa a ser visto como uma fase de reinvenção — desde que haja planejamento

O Brasil está prestes a atravessar uma virada demográfica histórica. Segundo projeções do IBGE, até 2030, o número de pessoas com mais de 60 anos irá superar o de crianças com até 14 anos. O dado é reflexo de um avanço notável na expectativa de vida dos brasileiros, que passou de 45,5 anos em 1940 para 75,5 anos em 2023. Mas, com uma população mais longeva, surge uma pergunta essencial: como viver mais — e melhor?

Essa transição desafia tanto o imaginário coletivo quanto as estruturas sociais. Para além dos impactos no sistema previdenciário e na saúde pública, o envelhecimento populacional demanda uma nova forma de pensar a vida após os 50. Mais do que prolongar os anos, especialistas defendem a importância de dar intencionalidade a é sse tempo extra.

“A geração que agora chega aos 60 é a primeira que pode, de fato, se reinventar. Mas isso exige preparo e uma mudança de mentalidade que ainda está em construção no Brasil”, avalia Candice Pomi, psicóloga e especialista em longevidade, que atua há mais de duas décadas com inovação e análise de dados em empresas multinacionais e que na última década vem se especializando em envelhecimento ativo.

Ela ressalta que o envelhecimento precisa ser entendido como uma etapa longa e cheia de possibilidades — e não como um “final de linha”. “Envelhecer bem depende de uma série de escolhas feitas antes de chegar lá: cultivar vínculos, manter a saúde emocional, rever hábitos financeiros e principalmente se permitir sonhar de novo”, pontua.

O cenário é desafiador. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas com mais de 60 anos no mundo deve dobrar até 2050, chegando a mais de 2 bilhões. No Brasil, o salto será ainda mais expressivo, com a população idosa passando de 29 para 67 milhões nesse mesmo período.

Além dos impactos sociais e econômicos, o envelhecimento da população também tem mobilizado o mercado e as empresas. Um estudo do Instituto Locomotiva mostra que consumidores com mais de 50 anos movimentam cerca de R$ 2 trilhões por ano no país. E ao contrário do estereótipo do idoso desconectado, mais de 90% das pessoas com mais de 60 anos usam o WhatsApp diariamente, e a maioria delas acessa redes como YouTube, Facebook e Instagram.

Ainda carregamos ideias antigas sobre o envelhecer — como se fosse um tempo de escassez. Mas hoje vemos cada vez mais pessoas com 60, 70, 80 anos começando novas carreiras, relacionamentos, projetos”, afirma Candice. Para ela, longevidade e potência precisam andar lado a lado.

Nesse novo contexto, o desafio não é apenas viver mais, mas viver com propósito, autonomia e qualidade de vida. E isso, segundo a especialista, começa agora. “Cada decisão que a gente toma aos 40, 50 anos vai impactar diretamente na velhice que teremos. Precisamos falar sobre isso com urgência. O futuro da longevidade já começou”, conclui.

Sobre Candice Pomi
Depois de 24 anos de carreira no mercado corporativo, Candice decidiu investir naquilo que acredita ser realmente importante na vida: saber envelhecer bem. E assim, com cara e coragem, mergulhou nos estudos da Longevidade. Psicóloga, especializada em Gerontologia pelo Albert Einstein e defensora de que o envelhecimento é uma fase a ser encarada com leveza e preparo prévio, Candice desenvolveu o Programa de Mentoria em Longevidade®, com o propósito de inspirar indivíduos e grupos a planejarem de forma intencional suas jornadas de envelhecimento.

E assim, desde 2019 tem auxiliado corporações no combate ao Etarismo e orientado grandes marcas na construção de diálogos mais autênticos com o público 45+.

Co-autora do 1º Manual Boas Práticas contra o Etarismo da América Latina - em parceria com a ABA (Associação Brasileira de Anunciantes), a especialista tem a missão de ressignificar o Envelhecimento no Brasil e democratizar a cultura gerontológica através de seus escritos sobre Envelhecimento Ativo e Consciente com a sua marca, a Beyond Age.

Em 2024 estreou como apresentadora do Podcast "Tantos Tempos", que aborda o tema "Longevidade" com diferentes perspectivas através de uma dupla de convidados.
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