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Como identificar um relacionamento abusivo?

A pauta da violência contra a mulher ganhou grande repercussão do fim de semana para cá, a partir da ação corajosa da apresentadora Ana Hickmann em prestar queixa contra atitudes do marido Alexandre Correa. Infelizmente a violência moral, psicológica, física, sexual e/ou patrimonial é mais comum do que se imagina e por isso informação e orientação são fundamentais.

Como identificar um relacionamento abusivo?

>> A escritora, psicóloga e mentora de mulheres, Najma Alencar, sugere 4 perguntas a se fazer para identificar um relacionamento abusivo. 

Amor ou cilada? 4 perguntas a se fazer para identificar um relacionamento abusivo.
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43% das mulheres brasileiras já sofreram violência por parceiro íntimo. Psicóloga e mentora de mulheres Najma Alencar ensina como avaliar sinais em uma relação abusiva.

O comportamento abusivo em um relacionamento amoroso, ainda que possa ser praticado por homens e mulheres, é mais comum entre os homens. De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023, 43% das mulheres com 16 anos ou mais afirmam já terem sofrido alguma forma de violência por parceiro íntimo, seja ela psicológica, física e/ou sexual. A pesquisa teve como referência o relatório “Violence Against Women Prevalence Estimates”, produzido pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Quando se ama uma pessoa, pode ser difícil enxergar suas falhas. Por isso, em um relacionamento romântico, atitudes tóxicas podem passar despercebidas ou serem vistas como um simples desentendimento. Enquanto as violências física e verbal são mais óbvias, a violência psicológica é mais sutil, exigindo uma maior atenção aos detalhes.

“Primeiramente é preciso esclarecer que ninguém escolhe passar por uma relação abusiva. É natural se envolver com uma pessoa e só depois perceber que ‘não era amor, era cilada’. Não se sinta culpada. O importante é, a partir de agora, ficar atenta aos sinais de comportamento abusivo para cortá-los o mais rápido possível nas suas próximas experiências”, alerta a psicóloga e cofundadora da evoluBe, Najma Alencar. Ela também é mentora de mulheres com foco na independência e na liberdade emocional de suas pacientes, e sugere 4 perguntas para identificar se você está em um relacionamento abusivo:

1. Comportamento desrespeitoso: Ele é educado e minimamente paciente com os pais? É cortês com trabalhadores de base?

“O respeito pode ser medido tanto em casa quanto na rua. O tratamento que o parceiro dá à família é extremamente importante, assim como às pessoas que o atendem, como garçons e caixas de supermercado, por isso essas são perguntas que devem ser respondidas, pois uma pessoa desrespeitosa na vida tende a não ser respeitosa com você”, elucida Najma.

2. A manipulação e a mentira: O parceiro busca te convencer a pensar e/ou agir de forma diferente do que você acredita ou gostaria, e o resultado disso é a sua insatisfação e baixa autoestima?

“A manipulação pode vir de diversas formas, com diversos objetivos, como gerar insegurança, impedir o término do relacionamento, gerar sentimento de culpa e tantos outros. Quando menos se percebe, a pessoa está presa em uma situação onde só parece existir o parceiro e tudo deve ser ligado a ele. E o hábito de mentir está diretamente relacionado à manipulação”, ela explica.

3. O ciúme excessivo: Você sente como se o seu parceiro quisesse te apagar aos olhos dos outros e guardá-la só para ele?

“O ciúme excessivo é aquele que sufoca, que questiona constantemente sua fidelidade e sua agenda. Que tenta te impedir de ter amigos, de sair, de se divertir, de vestir as roupas que deseja, de usar o batom e o esmalte de sua preferência”, descreve a psicóloga.

4. Como você está se sentindo fisicamente?

Najma aconselha a autopercepção e autorreflexão como forma de identificar esses relacionamentos abusivos. “Nosso corpo comunica. Lidar com um abusador pode causar dor de cabeça, dor de estômago, mal-estar, esgotamento emocional, desânimo, ansiedade, entre outros sintomas. Se você não se sente bem quando está perto do seu parceiro, pense no porquê”, conclui. Caso a mulher tenha medo de terminar a relação com o parceiro, a psicóloga orienta que procure a Delegacia da Mulher mais próxima de sua casa para buscar ajuda.

Conforme a Política Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, a violência psicológica é qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima da mulher ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, ou ainda que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação.
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Sobre Najma Alencar – Najma Alencar é psicóloga, empreendedora, cofundadora da evoluBe e mentora de mulheres. A especialista desenvolve um trabalho único para a conquista da independência e da liberdade emocional da mulher. Por meio de recursos e técnicas resolutivas, propõe caminhos singulares que passam pela autoestima, autoconfiança e são a resposta para o alcance do empoderamento feminino transformador, aquele que vai além do discurso. Saiba mais em https://linktr.ee/najma.psi.
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